Mortes, destruição ambiental e material. Esse é o cenário desolador com o qual moradores e autoridades de Brumadinho, estão lidando após o rompimento de uma barragem de resíduos minerais de responsabilidade de empresa Vale do Rio Doce. O mesmo tipo de catástrofe aconteceu em 2015, na cidade de Mariana, com a barragem do Fundão que matou 19 pessoas. Porém, desta vez o número de vítimas deve ser maior.
O rompimento aconteceu em horário comercial, quando havia mais de 300 funcionários na empresa – parte deles estava no refeitório, almoçando, quando o local foi atingido pela enxurrada de lama. Há centenas de desaparecidos, segundo dados da Prefeitura de Brumadinho e da Vale, empresa responsável pela barreira.
Um ônibus inteiro foi encontrado com dezenas de mortos. A médica Marcelle Porto Cangussu foi a primeira vítima identificada da tragédia.
Os trabalhos de resgate estão sendo feitos pelos Bombeiros, Polícia Militar e Defesa Civil de Minas Gerais, que contam com ajuda de diversas corporações e técnicos de outros estados, como Rio de Janeiro e São Paulo.
O governo federal publicou decreto que institui o Conselho Ministerial de Supervisão de Repostas a Desastre. A finalidade é acompanhar e fiscalizar as atividades a serem desenvolvidas em decorrência do desastre.
O meio ambiente também foi seriamente atingido pelos dejetos liberados no rompimento da barragem. A lama atingiu o Rio Paraopeba, afluente do Rio São Francisco, que abastece a cidade.
O Ibama enviou equipes da coordenação de Emergências Ambientais para o local imediatamente após o primeiro alerta de rompimento. O órgão expediu multa de R$ 250 milhões à Vale pela “catástrofe socioambiental”.
Em nota, o Ibama afirmou que “os danos ao meio ambiente decorrentes do rompimento de barragens da mina Córrego do Feijão resultaram até o momento em cinco autos de infração no valor de R$ 50 milhões cada, o máximo previsto na Lei de Crimes Ambientais”
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