Na entrevista ao "Domingo Espetacular", ele disse que os depósitos de R$ 2 mil feitos em sua conta se referem a dinheiro dele mesmo, fruto da venda de um apartamento que foi feita, parcialmente, em espécie. Este mesmo apartamento também é citado como explicação do pagamento de R$ 1.016.839 de um título bancário da Caixa Econômica Federal. O valor, diz, refere-se à quitação da compra deste imóvel em um momento anterior.
O mesmo programa também exibiu, alguns minutos antes, uma entrevista com a primeira-dama, Michele Bolsonaro. Ela falou ao repórter Eduardo Ribeiro no Palácio do Alvorada.
Na sexta-feira (18), a entrevista de Flavio Bolsonaro envelheceu antes mesmo de ser exibida. Uma hora antes de ir ao ar, o "Jornal Nacional", da Globo, revelou que um relatório do Conselho de Controle de Atividades Financeiras (Coaf) aponta que entre junho e julho de 2017 o então deputado estadual recebeu 48 depósitos em espéciena sua conta. Os depósitos foram feitos numa caixa de automático da agência bancária que fica dentro da Assembleia Legislativa do Rio (Alerj), e sempre no mesmo valor: R$ 2 mil.
Ao "Domingo Espetacular", Bolsonaro disse : "Por que aparece dessa forma? Porque esse dinheiro, que é um dinheiro meu, era depositado na minha própria conta". A explicação para o valor de R$ 2 mil é que se trata de um limite estabelecido para o banco para depósitos no caixa eletrônico.
Como a entrevista para o "Jornal da Record" havia sido gravada previamente, este tema não foi abordado. Na conversa, Bolsonaro explicou por que pediu ao STF para analisar o caso. "Eu sou contra o foro (privilegiado), mas não é uma escolha minha. O foro é por prerrogativa de função", disse o senador eleito.
No sábado, o "Jornal Nacional" informou que Flávio Bolsonaro pagou um título bancário de R$ 1.016.839, emitido pela Caixa Econômica Federal, sem indicar o favorecido. A informação está presente em um trecho de um relatório do Coaf. No relatório, o Coaf diz não ter conseguido identificar quem recebeu o pagamento, nem a data em que ele foi feito.
Neste domingo, o jornal "O Globo" informou que o valor total das movimentações financeiras atípicas identificadas pelo Coaf (Conselho de Controle de Atividade Financeiras) em uma das contas do ex-assessor do senador eleito pelo Rio de Janeiro Flávio Bolsonaro (PSL), Fabrício Queiroz, pode chegar a R$ 7 milhões em três anos.
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